A união entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade que sempre existiu.
E o preconceito, também!
Certamente este é o motivo da injustificável omissão do legislador em inserir as pessoas LGBTQIA+ no âmbito da tutela jurídica do Estado. Não há forma mais perversa de exclusão.
No entanto, a falta de lei não significa ausência de direito. Esta foi a tônica da minha trajetória profissional: buscar o reconhecimento das uniões, que passei a chamar de homoafetivas, no âmbito do Direito das Famílias. E foi o que me levou a abandonar a magistratura e abrir o primeiro escritório especializado em direito homoafetivo.
Criei e presidi a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero no âmbito do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e trilhei o país instalando Comissões em todas as Seccionais e em mais de 200 Subseções da OAB.
A necessidade de qualificar advogados para atuarem neste novo ramo do direito motivaram a criação desta plataforma, que disponibiliza decisões judiciais e administrativas. Uma ferramenta sem a qual o Poder Judiciário não teria se transformado no grande artífice na garantia de direitos ao segmento mais vulnerável da sociedade brasileira.
Apesar dos enormes avanços é necessário continuar lutando.
Estes não são sonhos, é realidades que vem sendo construída a muitas mãos.